terça-feira, 29 de julho de 2008

Um par mistico

John e Yoko Ono

Dois que são um
Nunca alguém os entendeu
Na sua mística união
E os que o procuraram
Decerto o caminho erraram.

A sua ligação
Foi fruto de uma união
Transcendental e inexplicável
Até para os mesmos
Nos olhos da lágrima secreta.

Dois iguais separados
Na raça e no tempo
Unidos na cor e no credo
De que o mundo pode mudar
E nada os fará parar
A não ser a morte.

As amizades, cores e laços actuais
Se tornam passados imemoriais
Na certeza de que finalmente somos nós
E que nenhum pensamento é atroz
Pois descobrimos o que queremos.

A sua vida no quarto
Secretos amores despertos
Substâncias cor-de-rosa exaladas
O odor do amor sacudido
E tempo pedido se torna perdido
Pois o sol que aquece a pele arrefecida
Não está no alto
Está raso, bem raso, junto ao solo

É o calor da Terra Mãe.
Minha e tua, nossa, de todos
Sempre pronta a embalar
Com as suas cores e fragrâncias esbeltas
Em formas curvas tão rectilíneas
Que conduzem direito por estradas tortas
Ao desígnio da vida
O encontrar do verdadeiro amor.

Mas a Terra Mãe não é óbvia
Obriga e desobriga-se
A porta de entrada é visível
Porém podes tu vê-la?
Consegues senti-la na escuridão da luz?

1 comentário:

Anónimo disse...

O verdadeiro amor não escolhe cor, raça ou religião. Simplesmente acontece...