terça-feira, 29 de julho de 2008

Homenagem

O CHINÊS

Os olhos tristes do chinês
Procuram no horizonte
A figura da sua amada
Pois a sua imagem
Baila na sua mente.
A sua testa enruga-se
E ele questiona-se do porquê
Da sua teimosia em não chegar
E no seu cérebro algo
Lhe tolha a razão
O seu cérebro se enevoa de dúvida
O coração arde e a lágrima brota.
Os lábios dela se curvam
Como se um último beijo ela lhe quisesse dar
E o que a principio era lágrima
Agora realmente é chorar.
Suas mãos se unem
Numa prece surda
Ajuda pedindo a quem passar
Mas no seu íntimo ele sabe
Que é inútil esperar
Por algo que não volta.
Os olhos tristes do chinês
Estão agora vazios
Já não estão a chorar
Mas talvez, quem sabe,
Ele torne a aprender
O que é amar.
Os olhos tristes do chinês
Procuram um novo amor.

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