domingo, 14 de junho de 2009

O diabo mulher

Seres incompreendidos pelas mulheres
Esses perfeitos seres de contradição
Que mais não são que rodas quadradas
Que não sentem a trepidação
E dizem que vão suavemente rolando.

Tudo se lhes é perdoado
Sentido e explicado
Pelos descontrolos hormonais e emocionais
Pela condição de mãe
E de pura donzela aos olhos de quem
Não consegue ver mais além.

A mulher é capaz dos mesmos desígnios masculinos
Desejos e sentidos
Mas esconde-os mais facilmente na sua candura
Inexplicável da fraqueza física
Gritando no silêncio de palavras e gestos mudos
Por oposição aos gritos mais silenciosos
Da palavra proferida.

“Eu sou incapaz”
Vocifera
“Não sou como tu”
Gesticula
“Vais pagar caro”
Ameaça
Olhos húmidos dilacera.

A mulher é o pior dos bichos
E quando se unem em pares
Mesmo se inimigas de perto
Amigas se tornam pela batalha
Porque o homem para elas é esperto
Enquanto que elas são
Inteligentes e de espírito aberto.

A sociedade ainda não se apercebeu
E eu também não
Que as mulheres são sub - descendentes
Que só estão bem se tudo for como aspiram
Se tudo estiver onde desejam
Se se fizer o que desejam.

Um filme é mau porque não gostam
Partilhar imagens então é tolice
Assistir a espectáculos degradantes
Na visão de quem não gosta
Já é ser mau e vil porco insensível.

A melhor coisa que se deve fazer
É partilhar os espaços consigo mesmo
Não permitir que nos condicionem
E apertem a existência.

Não vos quero mais
Não desejo mais
A vós hei-de prover
Do sofrimento total.

Esse é o meu alcance hoje…
Amanhã logo se verá!