sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Um adeus soprado?...

Um sopro… um adeus…
Uma voz soprada na noite
Através do texto longínquo
Um momento…

Não pareceu um adeus
Nem tão pouco até breve
Pareceu o que era
Um desejo…

Não o encarei
Senti-o presente
Na certeza do que tinha sido
Não o relevei…

A brisa levantada
Pelo soprar ameno
Abespinhou-se em tempestade
Que assola a costa…

As ondas escalam a rocha
Alto, cada vez mais alto
Em cada investida
Expondo o coração da rocha nua…

As andorinhas escarpadas
Sentem o espaço desaparecer
Inspiram inquietudes crescentes
Ponderam a sua fuga dela…

Ainda há esperança
Na vinda da bonança
No sopro quente
Que traga de volta a segurança…

Segurança que perde a força
Em cada nova onda pensante
Em cada mensagem de Deus
Enviada e não remetida…

O castelo está vazio
No cimo da escarpa observando
Condenando o horizonte
Pelo retorno do que o preenche…

Vive cada dia pelo seu dia
Rei forte rei
Assume o teu destino real
As batalhas perdem-se também…

E tu perdeste esta!

1 comentário:

Anónimo disse...

Vivemos numa constante batalha. Lutamos por objectivos, pelos ideais, por um espaço, por um dia risonho, por um sorriso afável, por um sono tranquilo, por um momento importante, por uma vida saudável, por tudo o que nos possa fazer felizes. Nem sempre é possível vencer todas as etapas, mas ao ganhar pequenos nadas torna a luta mais apetecível e mais interessante.