sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Tarde de Verão

Abandono-me lentamente
Ao calor da esplanada.
O céu ao longe
Miragem
O mar por baixo
Vassalagem
Perdem-se ambos.
Não há nada no ar
Nem nuvens nem aves
Nada, nem aragem.
O tempo parou
E eu estou dentro dele
Parado, inerte, à espera
Da palavra coragem
Por contraponto à cobarde
Proferida que eu ouvi
Certa porque a senti
Verdadeira!

1 comentário:

Anónimo disse...

Os arcanjos também sentem a melodia do Verão. Só um poeta consegue ler o que o vento, a brisa, o sol, o céu dizem.
Lindo!!