sábado, 9 de agosto de 2008

A sereia

A sereia voltou
Voltou a encantar com os seus cânticos
A música suave que embala
Os marinheiros até encalharem.

O nevoeiro adensa-se
A decisão está no ar
E na água por debaixo
Para quem sabe nadar.

A ilha está mesmo ali
Frutas e animais exóticos
Prometidos com um olhar
Por aquele olho óptico.

O batel desce à água
O capitão solitário rema a bom remar
Vence a corrente por sob as calmas águas
Está no caminho para se soltar.

Abandona o corpo exausto na praia
Saboreia aquela areia virgem
Uma nativa só a pisou
Coberta de uma alva penugem.

Acena de longe
Ordena a partida
Aqui fica a viver
A sua não é de ida

Ele está feliz!

1 comentário:

Anónimo disse...

A sereia. Uma figura mítica que fazia as delícias dos olhares exaustos e vorazes dos navegadores. Horas e horas no mar, nada como uma visão fascinante de uma bela mulher que, parte pertencia à vida terrena outra à vida marítima. Tal como a vida dos navegadores.