sábado, 16 de agosto de 2008

Está escura a noite

Está escura a noite
Que me rodeia a alma
Não vejo o caminho
Onde trilha a calma

Eu…
Eu já não sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

Desiludo-me
A ti e a mim
Porque sou jovem
Como o jasmim

Não tenho o viço
Dos anos pequenos
Não sou noviço
Mas sinto o apego

Eu…
Eu já não sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

O nó que me amarra
Já faz tempo não tinha
Amarrei-o eu
Esperando seres minha

Mas onde navegas
Meu barco encalha
As areias são rasas
A quilha atrapalha

Eu…
Eu já não sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

O meu capitão
Ouvido à sineta
Empurra na escuridão
Olha’mpulheta


Cego na noite
No dealbar da vida
Perdido no dia
Do qu'olvida

Eu…
Eu já não sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

Agora encalhado
Por voluntário sido
Tem de navegar
Neste barco rompido

A água entra
O mar invade
O último sopro
Daquela saudade

Eu…
Eu já não sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

A falta de ar
O murro no estômago
O salgado do mar
Alivia o lodo

Preso ele olha
Para cima o céu
A lua a seu lado
Acolhe o chapéu

Eu…
Eu já não sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

É o seu legado
Aquilo que fez
Aos outros amado
Sobrou-lhe a vez
No início era mel
No meio paixão
A sua sorte é nula
É igual ao salmão

Eu…
Eu já sei
De onde tu és…
Quem és…
Porque és…
Mulher! Mulher! Mulheeeeer!

1 comentário:

Anónimo disse...

"Após uma tempestade chega sempre a bonança."
Acalma o espírito. As questões e incertezas o tempo a seu tempo responderá.