sábado, 13 de agosto de 2011

Espaços

Durmo o pensamento
Mas mesmo assim ele está acordado
Acordo lá dentro e digo-lhe
"Acalma-te ou cais para o lado!"

Olha-me de lado
Senta-se e continua mudo
Afasto-me e sinto
Está a bater lá no fundo.

Saí de lá
Das impressões dele vejo que está dorido
Encobre as emoções de modo a passar despercebido

Abre a luz nos olhos
Para que não se veja a escuridão
E não saibam o quanto sofre

Rebate a tudo
Na esperança que lhe digam
As palavras que repetidamente diz a si próprio

Fecho os olhos de novo
Entro em mim e dou-lhe a mão
É meu irmão gémeo e devo-lhe
A lealdade na sua confusão.

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