segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um oito torcido

Um mar de gente revolta
Encima um alazão parado
Cóleras expiram de suas narinas
Relinchos pelo bem amado
De entre aqueles que sofrem
As atrozes tiranias do Estado.

Marcham silenciando a dor
Por colinas que de tão largas
Estreitam ante a torrente
De lava humana que sobe
Pela chaminé do vulcão que lavra
As encostas de uma nação.

Reescrevem a história
Cunhando-a de pessoal
Fazem parte dum ponto final
Numa frase reticenciada
De ideias por acabar
Numa vida sentenciada.

Final amargo
Vitória almejada
Certeza encontrada e reiterada
Perdida na falsa palavra
Um breve relance de optimismo
Uma alegria momentânea
Uma adaga que crava
O coração de um sonhador.

Até onde perenerão os infiéis
Que afundam a nau Lusitana?
Até quando mantê-los cruéis
Que assassinam a puritana
Educação Flausiana?

2 comentários:

Anónimo disse...

Uma forma muito peculiar de descrever o dia oito. Dia que poderá fazer a diferença, alimentar a ténue esperança cultivada pela união.

I am a Poet... disse...

Ainda bem que percebeste o que metaforizei!
Obrigada por me visitares.