quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Crispação

Ontem perdi-me em ti
Hoje encontro-me aqui
Amanhã perder-me-ei em mim
Sonhando com o que encontrarei.

Foi pesadelo do qual acordei
Sonho infeliz de roupagens belas
Chorei de alegrias amadas
Pintei de palavras amargas telas
Onde no fundo me perdi.

O dia é negro
Qual tal minha alma
Nunca o deveria ter deixado de ser
Deixar inundar-me de calma.

Vivo no tormento
Abracei sempre as agitadas águas
Doce e ternurento complemento
Do doce sabor a fel das mágoas.

Nunca deveria ter sido
Presença que altera o espírito
Nuvem de pó ácido corrosivo
Alegria... aquele mito.

Hoje regresso às origens
Monto meu alazão negro branco
Cavalgarei de encontro ao destino
Onde me encontrarei descalço
Frente a frente com ele
Meu irmão gémeo de tacto
Que anseia pela minha rendição
E amaldiçoe aquele que É de facto.

1 comentário:

Anónimo disse...

Árdua tarefa esta de acordar de um pesadelo desejado.
Agora podes voar, a custo, mas podes! Seguirás viagem pelos ares repletos de ventos, uns favoráveis outros nefastos, uns dias mais luminosos outros mais obscuros, mas é a viagem da alma e do coração.
Deixa-te levar e encontrar-te-ás novamente!!